Aqui estão os resumos das matérias vistas no curso de violão teoria e prática de grupo da oficina do casarão Pau Preto. Dúvidas são muito bem vindas e discutidas no link "aulas on line"!

quarta-feira, fevereiro 13, 2008

LIÇÃO - INSTRUMENTO 1

Partes do Violão:



A escala:


O captador:


Mãos:


  • Mão Esquerda --------------- Mão direita

  • Polegar (nulo) --------------- (p) Polegar


  • Dedo (1) --------------------- (i) Indicador


  • Dedo (2) --------------------- (m) Médio


  • Dedo (3) --------------------- (a) Anular


  • Dedo (4) --------------------- (nulo) Dedo mínimo




EXERCÍCIO PROPOSTO.
Exercício técnico no. 01 para mão direita.






Aplique em outras Voices!

EXERCÍCIO PROPOSTO.
Exercício técnico no. 02 para mão direita.



EXERCÍCIO PROPOSTO.
Exercício técnico no. 03 para mão direita (palheta)



quarta-feira, setembro 19, 2007

  • ESCALA DIATÔNICA MAIOR

    A escala característica da nossa cultura (brasileira / européia) é a escala maior diatônica (ou Diatônica Maior ou ainda somente escala Maior).
    Esta escala possui 07 (sete) graus que estão dispostos de maneira similar à escala natural:
    Assim:

    I II III IV V VI VII VIII (= I)


    Tom Tom Semi-tom Tom Tom Tom Semi-tom

    OBS:
  • É convencionado que para finalizarmos qualquer escala existe a repetição do I grau após o último grau da escala. Dessa forma, na escala Maior Diatônica, após o grau VII, existe a repetição da primeira nota no grau VIII.
  • TONALIDADE

    OBS:
  • Antes de entrar neste assunto, deve ser esclarecido um equívoco semântico.
    A palavra TOM pode aparecer em música com dois significados!

    TOM = Distância entre duas notas. Soma de dois semi-tons.
    TOM = Abreviação de Tonalidade.

  • Quando dizemos que uma música está em um tom ou tonalidade de Ré maior, por exemplo, em outras palavras, estamos afirmando que a peça foi composta basicamente usando as notas da escala Diatônica maior de Ré (Ré como o grau I).
  • A definição de tonalidade, no contexto das artes plásticas (pintura), significa uma “cor” a qual um objeto pode ser dotado. Assim podemos ter, por exemplo, um objeto na cor (tonalidade de) azul, e um outro idêntico em outra tonalidade – vermelho por exemplo. A mudança da cor não interferiu na forma do objeto!
  • Da mesma forma, podemos ter, por exemplo, uma música na tonalidade de Ré Maior e a mesma música na tonalidade de Sol Maior. A mudança de tonalidade não interfere na peça em si. Ou seja, uma música pode ser tocada em até 12 (doze) tons (12 cores) diferentes sem que ela seja modificada em sua estrutura!
  • Essa mudança de tom se faz necessário quando tocamos arranjos musicais de uma peça escrita para um determinado instrumento em um outro instrumento que não o original. Também é uma boa ferramenta para tornar o arranjo mais criativo...


  • Existem basicamente outros dois sistemas para construirmos uma peça musical, além deste, chamado Tonal. O Modal e o Atonal:
    Não utiliza necessariamente relações escalares (hierarquias nas alturas) como referencia melodia e harmônica.
  • SISTEMA TONAL
    Uso da escala maior ou relativa menor como matéria-prima melódica ou harmônica.
    Tom maior ou Tom Menor
  • SISTEMA MODAL
    Uso de escalas diferentes que as Diatônicas Maiores e menores (pentatonicas, modos, Blues etc).
    Modo X, modo Y modo Z etc.
  • SISTEMA ATONAL
    Não usa relações escalares. Pode usar outras relações musicais (dodecafinismo, serialismo etc) ou mesmo nenhuma relação (música aleatória, punk rock etc).

  • EXERCÍCIO PROPOSTO No 01:
    Monte as escalas maiores diatônicas a partir dos graus pedidos:

    a)

    Do
    Sol


    Mi
    Si
    Fá#
    Do#

    b)

    Do

    Sib
    Mib
    Láb
    Réb
    Solb
    Dob


OBS:

  • Na construção das escalas Diatônicas:
    § Não misture # com b na mesma escala
    § Não faça enarmonias nem cromatismos.
    § Os graus I e VIII devem ser a mesma nota.

    COMENTÁRIOS IMPORTANTES:
  1. Note que as escalas da lista (a) são compostas apenas de notas alteradas com sustenidos. E, na lista (b), por notas alteradas apenas por bemóis.
  2. O Sistema é formado pela equação n (+1), ou seja, a primeira escala tem 0 (zero) acidentes, a segunda, 01 (um) acidente etc...
  3. Podemos dividir a escala Maior Diatônica em dois tetracordes - grupos de 04 (quatro) notas - onde, na lista (a), a segunda escala se inicia a partir do 2º. tetracorde da primeira escala e assim por diante. Já na lista (b), a segunda escala tem como segundo tetracorde o primeiro tetracorde da escala 01 (um). Ver exercícios!
  4. Na lista (a), a nota (+1) é sempre o grau VII e é chamada de sensível tonal (leading tone).
  5. Na lista (b), a nota (+1) é sempre o grau IV e é chamada de sensível tonal (ela “pede” a nota que caracteriza o modo maior ou menor = 3ª.).

EXERCÍCIO PROPOSTO No 02:
Audição e comentários de peças elaboradas a partir dos três sistemas comentados: Tonal, Modal e Atonal.

EXERCÍCIO PROPOSTO No 03:
Componha peças elaboradas a partir dos três sistemas comentados: Tonal, Modal e Atonal.

segunda-feira, abril 09, 2007

ESCALAS MUSICAIS

  • Podem ser entendidas como um conjunto de notas arbitradas dentro de um conceito hierárquico de alturas chamado “graus”.
(07 notas naturais) + (05 notas alteradas) = (escala cromática)




Usando a escala cromática como “Matéria Prima” das notas:







Uma analogia possível...

Escalas = Escada
Graus = Degraus


Arbitrando os graus nas escalas acima...




Escala (A):


I – II – III – IV – V – VI – VII – VIII

Mi Fa Fa# Sol Lá Do# Ré# Mi


Escala (B):

I – II – III – IV – V – I

Fa# Sol# Lá Si Do Fa#


Escala (C):


I – II – III – IV – V – VI – VII – VIII

Mi Fá Sol Lá# Dó# Ré Ré# Mi




  • OBS:
    A diferença entre uma escala e outra se dá na composição de sua estrutura interna (distancias entre os graus) que pode variar em tons, semi-tons ou até mesmo um tom e meio (três semitons).
    Algumas escalas estão diretamente relacionadas com a cultura da qual ela provém. Assim, podemos ter, por exemplo, a escala Blues (oriunda da Cultura Americana); A escala “Frigia” (Oriunda da Cultura Hispânica), escala Mixolídia (Oriunda da cultura nordestina brasileira) etc...


Dessa forma temos como alguns dos nossos modelos:





As escalas são então classificadas de acordo com estes parâmetros como:

Diatônicas (oriundas do modelo das notas naturais).
Pentatônicas (oriundas do modelo das notas alteradas).
Cromáticas (oriundas da soma dos dois modelos).


OBS:
Um conceito deve ser esclarecido:



CROMATISMO:
É quando usamos a estrutura da escala cromática. Ou seja, quando usamos uma nota natural e outra alterada sucessivamente (ou vice versa).



PROPOSTA DE EXERCÍCIO:

Compor melodias, usando escalas Diatônicas, Cromáticas e Pentatônicas.



sexta-feira, março 23, 2007

NOTAS MUSICAIS



São 12 as notas musicais:

ACIDENTES MUSICAIS.

Servem para alterar uma nota natural em ½ ou 1 tom, e assim nomear as notas alteradas. São eles:

# (Sustenido) = Altera a nota ½ (meio) tom .

X (Dobrado sustenido) = Altera a nota 1 (um) tom .

b (Bemol) = Altera a nota ½ (meio) tom .

bb (Dobrado bemol) = Altera a nota 1 (um) tom .

(Bequadro) = Anula o efeito dos acidentes (todos) dentro de um compasso.


OBS: Para entender o uso do bequadro, ver antes tópico sobre compasso:

Exemplos:

  1. Se, dentro do compasso aparecer uma nota alterada e, mesmo após outras notas, esta for novamente escrita, esta última também é alterada. Não necessita escrever novamente o acidente.
  2. Se, dentro do compasso aparecer uma nota alterada duplamente - dobrado bemol e/ou dobrado sustenido - e mesmo após outras notas a mesma nota for escrita, esta última também é alterada. Não necessita escrever novamente o acidente.
  3. Se, dentro do compasso aparecer uma nota alterada e mesmo após outras notas a mesma nota for escrita com um bequadro, esta última é natural. O acidente foi anulado.
  4. Se, dentro do compasso aparecer uma nota alterada duplamente - dobrado bemol e/ou dobrado sustenido - e mesmo após outras notas a mesma for escrita com um bequadro, esta última é natural. O acidente foi anulado.
OBS: Como uma nota pode ter até 03 (três) nomes, precisamos esclarecer um conceito:

ENARMONIA:

Quando duas ou mais notas possuem o mesmo som e nomes diferentes.
Ex: Do# e Réb são consideradas notas enarmônicas (ou enharmônicas).

OBS: Sobre a escrita das notas:

§ Quando o acidente é aplicado em uma nota (partitura), escrevemos do lado esquerdo.
§ Quando o acidente é aplicado em um acorde (cifra), escrevemos do lado direito.

TONS E SEMI-TONS.


As distâncias entre as notas (naturais ou alteradas) são medidas em uma unidade chamada de Semi-tom.
Existem 02 (dois) Semitons naturais:

§ Entre Mi e Fá.
§ Entre Si e Dó.

Os demais semitons são chamados de “Semitons cromáticos”.


COMPASSOS (Measure)

Assim como na geometria, onde o compasso é um instrumento para medição, na música, usamos o mesmo termo para nos referirmos à “Unidades de medidas”. Um compasso então pode ser entendido como um espaço de tempo onde cabem (n) pulsos. Usamos, para definir essas unidades de grupos de tempo traços verticais chamados de ”barras de compassos” colocados sobre o pentagrama (as 05 linhas da partitura).
É usual que uma vez definido o compasso, todos os outros (com) tenham o mesmo número de pulsos (tempos). Isto é tenham o mesma”medida”.

Barra de compasso - Barra dupla - Barra Final

Assim como temos o “ponto final” na escrita, usamos a “barra final” para indicar o término de uma peça musical e, análogo a uma vírgula ou ponto-e-vírgula, usamos a barra dupla para separar partes distintas.



QUALIDADES E PROPRIEDADES DO SOM

  • Timbre – Origem do Som.
  1. Acústico
  2. Elétrico
  • Altura – Grave vs. Agudo.


  • Intensidade – Forte vs. Fraco.

  • Melodia – Notas consecutivas.

Em música tradicional, as escalas musicais são matéria-prima na elaboração de melodias.



Harmonia.

  1. Notas simultâneas (3) = Acordes.
  2. Conjunto de acordes = Harmonia.



    Ritmo.

  1. Toda música tem um pulso constante.
  2. O pulso pode ser subdividido (2, 3, 4 etc).
  3. Os “ataques”, pausas e durações elaboradas sobre a subdivisão é o Ritmo.
  4. Ritmos com nome = danças.

PROPOSTA DE EXERCÍCIO:
Auditivamente, reconhecer e analisar em uma (ou mais) música(s) os conceitos vistos.